Sebenta do Superior
terça-feira, junho 22, 2004
 
Futuro da ciência é preocupante

o actual governo, liderado por Durão Barroso, optou por juntar o Ensino Superior e a Ciência num mesmo ministério. Previa-se um maior investimento na área da Ciência, mas verifica-se precisamente o contrário. As notícias sugerem que o programa "Ciência Viva", da responsabilidade do ex-ministro socialista Mariano Gago, foi abandonado pelo actual executivo. Uma atitude de grande irresponsabilidade política, uma vez que as áreas científicas parecem estar cada vez mais debilitadas. Em Coimbra, noticia o jornal "Público" de hoje, debateu-se esta questão...


«Preocupação pelo Futuro do Ciência Viva Debatida em Coimbra
Terça-feira, 22 de Junho de 2004

"Há actualmente, em Portugal, um divórcio grave entre escola e ciência", alertou, ontem o físico Carlos Fiolhais, no debate "Prioridade à Cultura Científica", que decorreu na Universidade de Coimbra e visou debater os meios de divulgação da ciência. Este foi o segundo debate de um ciclo organizado pelo Conselho dos Laboratórios Associados, com o alto patrocínio do Presidente da República.

A frase foi retirada por Fiolhais de um livro do director científico da Cité des Sciences-La Villette (Paris), Paul Caro, o principal orador do debate. Adaptada a Portugal, serviu para o físico lamentar o que considera ser um "estragulamento" do programa Ciência Viva, criado com o objectivo de divulgar a ciência nas escolas e considerado por Mariano Gago - ministro da Ciência e da Tecnologia à data em que o projecto foi criado, em 1996 - como "um dos projectos mais importantes de toda a Europa."

Esta preocupação foi, aliás, secundada por grande parte dos intervenientes, que se mostrou reticente quanto à diminuição da acção deste programa que, em cinco anos, levou ao envolvimento de cerca de 400 mil jovens do ensino básico e secundário. Segundo António Firmino da Costa, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE, permitiu a descentralização da divulgação científica.

E apesar de ter havido quem, no período de debate, questionasse a existência de uma cultura apenas científica, todos concordaram com os meios de divulgação da ciência apontados por Paul Caro: "Em locais dedicados, como museus, em festas destinadas à ciência, através de visitas, de observação, da realização de debates públicos com a presença de investigadores e de acções escolares, como o Ciência Viva", apontou o director de La Villette.

"O Ciência Viva tem sido elogiado de tal forma que parece-me que estamos perante um defunto. Espero que não, porque as sementes estão lançadas", concluiu o físico Dias Urbano, um dos membros da assistência. Ana Luísa Barroso»
Comments:
o actual ministério da ciência e do ensino superior é um enorme logro... tal como o governo de durão barroso...
 
DURÃO BARROSO PARA A RUA! A LUTA CONTINUA!!!
 
a demissão do Lynce foi pura cosmética!!!
 
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